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Que Puxa, Charlie Brown! Resenha do filme

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As tirinhas sempre foram tratadas como geniais pelo público de quadrinhos. Assim como o tambem genial Calvin, reflexões profundas são feitas enquanto situações corriqueiras são observadas. Isso traz a coisa mais importante a hora de vender um produto, a identificação. É legal ler Mônica e se ver naquelas situações, lembrando de quando você era riança. Mas muito mais poderoso que isso é encontrar em crianças dilemas da vida adulta. O legal das histórias no entretenimento em geral é que podemos nos colocar em diversas situações e passar por aquilo sem realmente ter passado por aqui, em uma situação totalmente controlada.  Nas tirinhas de Charie Brown, você vê alguns dilemas que são comuns aos adultos e o fato de serem vivenciados por pessoas que nã oprecisariam realmente e preocupar com essas questões torna todos os seus  problemas, aqueles que você criou quando ficou encucado com algo, são bobagem.

Sobre a animação, tudo o que tenho que dizer é que está linda demais. Se acrescentar ou tirar qualquer coisa, estraga. Os recursos visuais das tirinhas estão todos lá. Talvez para a grande massa, que não lê nada de quadrinhos, isso passe despercebido. Mas pra quem conhece as onomatopéias de Charlie Brown, o filme está cheio de pequenos colírios.

Peanuts é sobre como problematizamos coisas simples. É sobre como nos colocamos pra baixo
quando não somos notados. É sobre como achamos que somos incapazes. E, acima de tudo, é sobre como tudo isso é uma grande bobagem. O longa é sobre isso. Uma adaptação louvável
de um dos maiores e mais conhecidos ícones das histórias e quadrinhos. Há homenagens lindas
à animações originais de Charlie Brown (a dancinha coletiva!) e, no final, quando você já está bem emocionado, eles dão o tiro de misericórdia colocando a assinatura de Charles M. Schulz, criador e desenhista da série, que faleceu no ano 2000.

Depois de uma coisa tão grandiosa quanto Star Wars, precisávamos mesmo de uma coisa mais singela, adorável, simples, mas que tivesse uma mensagem tão forte enquanto é tão... eu já disse que é adorável?

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