Sim, só assisti hoje.
Pois é, depois de muito tempo consegui conferir o terceiro filme rebootado dos mutantes da Fox. Logicamente, à esta altura do campeonato, já tinha lido várias resenhas sobre a película. Mas sabem como é: "esse pessoal de sites nerds não sabem de nada, ouvi dizer que alguns são até comprados!"
E foi com uma, surpreendente, boa vontade que comecei a assistir ao filme.
Sabem o Batman v Superman? Pois é, X men Apocalypse só não consegue ser pior que este. A sorte dos mutantes foi que o filme da Warner se esforçou bastante para ser ruim e cansativo - muito pela proeza de Zack Snyder. Mas entendam, é por muito pouco que o filme do Xavier não é enfadonho no mesmo nível que o do Batman e companhia. Ainda assim, XMA, sofre dos mesmos efeitos que BVS: uma direção perdida, cenas longas, porém não desenvolvidas, lutas que não empolgam e personagens jogados na tela a esmo.
De verdade, depois de duas horas de filme, não entendemos a razão do Magneto e os outros cavaleiros estarem na película. Todos vão aparecendo e depois são meio esquecidos durante o restante do filme, só voltando a aparecer no final para uma participação mais pífia ainda. Ainda tentaram dar uma cena um pouco empolgante para o mutante do magnetismo no clímax (se é que podemos chamar assim) do filme... porém, falharam fortemente. A presença de Alex Summers só não foi pior que no segundo filme da trilogia. E mesmo assim, só trouxeram o ator de volta para matar o personagem. O Arcanjo, ah o Arcanjo, sua interpretação só não foi mais vergonhosa do que a sua morte no final do filme. Que continue assim.
Também não podemos esquecer de falar da grande parcela do Xavier para a ruindade do filme - embora, na minha visão, ele é basicamente como o personagem nas hqs: "o mutante psíquico mais forte de todos, que não serve para nada." Uma pena terem desperdiçado o talento do Macvoy com uma participação tão descartável.
Os mutantes novos - Jean, Cyclope, Noturno - são todos tediosos, não empolgam e nos fazem sentir saudade da Famke Janssen e sua trupe.
E, cara, que final bosta: "Jean, libere seu poder!" Ah não. Não funcionou. Quer dizer, trazem o mutante "imortal", o primeiro e mais poderoso de todos, e colocam a adolescente de 15 anos para derrotá-lo? Ok, tinha o poder da Fênix e whatever. Mas, não dá. Ficou parecendo realmente que o diretor não sabia mais como concluir o filme e colocou o poder da fênix para resolver tudo. Tal como o Batman v Superman, eles acharam que o fan service seria suficiente para salvarem o filme.
E para concluir: Tão fácil quanto saber que o Aécio será o primeiro a ser comido, é perceber que a Fox achou a sua mina de ouro com o seu Mercúrio super exagerado. Sim, os poderes deste QuickSilver estão completamente fora da realidade. Mas, tudo bem, desde o segundo filme os produtores perceberam que colocando o herói (aqui ele é) em ação, juntamente, com uma música dos anos 80/90, é sucesso na certa. Com certeza a Marvel lamenta por ter permitido que Whedon acabasse com um personagem que poderia ter sido tão melhor explorado.
Porém, as perguntas que ficam são:
- Até quando as - super - cenas do Mercúrio empolgarão o coletivo nos cinemas?
- Será que realmente o público fica feliz ao pagar um valor exorbitante em ingressos, apenas para assistir duas ou três cenas que prestem... num filme de duas horas e quinze minutos?
Na minha opinião, a "mina de ouro" chamada Mercúrio tem data de validade. Sem o fator ineditismo a cada novo filme, essa visão fica ainda mais concreta.
E, é melhor a Fox repensar bastante para a próxima sequência da franquia, porque, sendo bem sincero: "Esse passou longe de ser um bom filme!" Até a próxima!